According to Professor Jaime Nogueira Pinto, some "bands" of the political spectrum were made illegal by the Junta and the Communists after the 1974 military coup ("Carnation Revolution"):
Os políticos antifascistas, que chegaram ao poder com o golpe militar
de 1974, não precisaram de se preocupar muito com a direita ou de se
ocupar dela. No período de transição entre o 25 de Abril de 74 e o 25
de Novembro de 75, nos momentos revolucionários de 28 de Setembro e 11
de Março, os partidos com alguns vestígios de pensamento, ideias ou
princípios à direita foram proibidos, os seus dirigentes presos ou
forçados ao exílio e as pessoas suspeitas de serem de direita, alvo de
“proscrições”. Como se não bastasse, assinou-se o famoso pacto
MFA-Partidos, ou “Plataforma de Acordo Constitucional”, consumado em
pleno gonçalvismo, um mês depois do 11 de Março. A ideia do “Pacto”
partiu de Álvaro Cunhal, para permitir que o MFA – que tanto tinha
feito pela restauração democrática – tivesse uma palavra a dizer sobre
o futuro texto constitucional, rumo ao socialismo, e pudesse policiar
as forças políticas permitidas. Os militares “democratas” tinham feito
uma revolução tão bonita… não podiam deixar que “os fascistas” ou que
o povo (na sua inocência ou vítima de manipulação e de más
influências) a estragassem.
Nesse pacto, fechou-se o arco de legitimidade do novo regime, que
vetava a direita, depois de ter prendido e forçado ao exílio o que
restava dela. E as “forças democráticas” (incluindo as lideranças do
CDS e do PPD) viram que ganhavam um eleitorado cativo que, embora
alheio à ideologia de fachada esquerdista que propunham – também para
sobreviver e não serem proibidos pelo MFA –, votaria neles como “mal
menor”. Como votou.
Assim, a chamada Terceira República portuguesa proibiu à nascença os
partidos de direita, empurrando os eleitores de direita para um
resignado voto útil nos partidos do centro, permitidos pelo MFA, com a
benevolência do PCP.
Jaime Nogueira Pinto, A excepção portuguesa: porque não temos uma direita radical?, Observador, 3 Fevereiro 2019.
In the comments, ohwilleke translated the key portion of this quote to English:
[...] the so-called Third Portuguese Republic banned right-wing parties from birth, pushing right-wing voters to a resigned useful vote in the center parties, permitted by the MFA [the military junta], with the benevolence of the PCP [Portuguese Communist Party].
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